sexta-feira, 26 de março de 2010

BEATLE BOB É UM SORTUDO

Beatle Bob é um sortudo. Não apenas por ter mais de 12 mil discos, mas principalmente por ter visto vários shows do Guided By Voices. Visto, dançado, apresentado, interagido... Enfim, lucky bastard!

Pra alegrar o dia, Beatle Bob e GBV:



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quarta-feira, 24 de março de 2010

UM DILEMA


Por Marcelo Viegas

Não seria ótimo ter um laguinho no quintal de casa? E se esse laguinho fosse cercado por um imenso coqueiral? E se esse coqueiral recebesse doses generosas de vento o tempo todo, produzindo um som agradável e relaxante? E se tudo isso tivesse dunas de um lado e o mar do outro?

O Seu Chico de Jeri tem tudo isso. Não tem quase nenhum dente na boca, mas tem tudo isso. Quem é mais feliz? O Seu Chico banguela ou você cheio de dentes?




Logo abaixo, o ilustre Seu Chico:



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quinta-feira, 18 de março de 2010

IMPRENSA ALTERNATIVA NO ABC - ENTREVISTA COM OLGA DEFAVARI



A importância do livro “ A imprensa alternativa do ABC - a história contada pelos independentes” de Olga Defavari vai além de fornecer uma panorama histórico deste tipo de imprensa; mostra como em diferentes épocas, pessoas inconformadas resolveram fazer diferença e produzir informação pelos próprios meios cobrindo assim lacunas que existiam e ainda existem no ABC paulista.

O livro é uma adaptação e ampliação de uma pesquisa feita pela autora na Universidade Municipal de São Caetano do Sul em 2005, nas suas páginas encontramos relatos, entrevistas, casos pitorescos sobre os mais variados tipos de veículos informativos como revistas de poesia, cinema e música, jornais universitários, publicações de arte, e é claro, os Fanzines.

Destaques para as histórias de publicações como o Jornal da Taturana, A cigarra, O livrespaço e a tragicômica história da revista “A tripa”. Na parte relativa à Fanzines o livro cobre parte da produção do ABC paulista entre os anos de 1995 e 2005, destaque para o “sobrevivente” Aviso Final.

O Zinismo fez uma pequena entrevista com autora, que você pode conferir abaixo.

ZINISMO – Como você chegou a este tema para sua monografia?

Olga de Favari - Na verdade não se trata bem de uma monografia, e sim de uma pesquisa que comecei no núcleo Memórias do ABC da Universidade Municipal de São Caetano do Sul. Um projeto que visa levantar aspectos interessantes, mas pouco estudados da história da região. Enfim, como na época cursava jornalismo e como sempre tive interesse pelas práticas culturais achei na imprensa alternativa um meio que une ambas as coisas. Mas foi precisamente durante um bate papo com a escritora e agitadora cultural, Dalila Telles Veras, proprietária de um espaço cultural em Santo André , que descobri que a imprensa alternativa, também colecionada por ela, ainda não possuía um merecido estudo a seu respeito, no caso especifico as publicações do ABC. Descobri a partir de então que os museus e centros responsáveis pelos arquivos da região, não catalogavam ou mesmo sabiam o que era essa tal imprensa marginal.

Você já conhecia os Fanzines? Se não como ficou conhecendo? E o que achou destes?
Confesso que conhecia poucas publicações alternativas e que os fanzines não foram o meu foco inicial, já que pesquisei prioritariamente jornais e revistas. Quando comecei as buscar os fanzines, percebi que eles eram inúmeros e que mereciam um capítulo especial no livro. Entre os responsáveis por me apresentar este vasto mundo de zineiros está Renato Donisete, editor do zine Aviso Final há 20 anos e o conhecido poeta Zhô Bertholini, editor da revista A Cigarra. Achei este universo fascinante, principalmente pela força de vontade de seus editores que fazem do trabalho alternativo uma constante batalha.


Uma discussão presente nos dias de hoje para a imprensa alternativa é com relação à migração dos veículos impressos para internet. Você acha que seria o fim da imprensa alternativa impressa? No atual contexto como você enxerga esta situação?

No final do livro eu trato sobre esta questão e afirmo que em um próximo levantamento não será possível encontrar tantas publicações alternativas imprensas. Porém, não acredito que seja o fim. O problema é que, como sabemos, a grande dificuldade dos escritores independentes é grana para imprimir o material e falta de espaço para escrever, já que quanto maior o zine, mais gasto. Assim uma boa saída é migrar para internet, onde não há custos nem restrição de espaços, e o conteúdo fica acessível a um maior número de leitores. Mas acredito ainda que entre as publicações alternativas, o zine seja a o mais resistente, isso porque os zineiros gostam muito de ver o material pronto em mãos, de receber e enviar pelo correio. Já os jornais e revistas alternativos, estão cada vez menos encorajados, porque o gasto é muito maior para publicar um veículo deste porte. Ressalto que, pela grande quantidade de zines produzidos no ABC, não foi possível dar conta no livro de boa parte deles, e nem era minha intenção esgotar o assunto. Pelo contrário, com o livro quis apenas chamar a atenção para estas publicações e mostrar o quanto elas são importantes para a história da região. Peço aos editores independentes que me enviem suas publicações (olgadefavari@yahoo.com.br), posso colocar no blog, ou, quem sabe, começar um outro livro. Apesar da internet, material impresso é o que não me falta.
Vida longa à Imprensa Alternativa!

O livro Imprensa Alternativa no ABC pode ser adquirido com a própria autora através de seu e-mail por um preço bem acessível, ZINISMO recomenda!

sexta-feira, 12 de março de 2010

GLAUCO E OS SUPER HUMANOS



FINAL DOS ANOS 80

Por volta de 1987, Formiga e Sono (os melhores desenhistas da sétima série) começaram a estudar aos sábados na ASBA (Associação São Bernardense de Belas Artes) na missão de doutrinarem seus desenhos adolescentes. Nerds moderados (pois andavam de skate e ouviam rock) conviviam pacificamente com os nerds faixa-preta (aqueles que não tinham vida social, usavam óculos pesados e tinham mais espinhas que o normal).

Virou hábito dos nerds guardar o dinheiro da coxinha para comprar gibis usados nas bancas do centro de São Bernardo no fim das aulas. Ansiosos, seguiam com suas pastas A3 e buscavam compulsivamente gibis raros no meio das caixas empoeiradas. Formiga e Sono aprenderam rápido que os nerds faixa-preta não gostavam de quadrinhos nacionais, só de super-heróis e por isso escondiam suas aquisições desse tipo para não enfrentarem o olhar de desprezo alheio. Na volta para os prédios mostravam orgulhosos o que haviam conseguido garimpar escondido:
-Mano, olha só essa Chiclete com Banana...
-Eu peguei essa dos Piratas do Tietê.

E assim, figuras como Mara Tara, Geraldão e Fagundes tomavam gradativamente o lugar do Capitão América, do Wolverine e do Super-homem. Era o triunfo dos super-humanos sobre os super-heróis.

XXX

Quem cresceu nos anos 80 ou 90 e tinha o costume de ler histórias em quadrinhos nacionais, com certeza conhece três nomes: Angeli, Laerte e Glauco.



Angeli era o mais ácido dos três. Com sua revista Chiclete com Banana fazia uma crônica ácida e extremamente contemporânea de tudo que se passava no mundo noturno e urbano de São Paulo. Com seus punks, carecas, boêmios e modistas new-wave, retratou e nos antecipou um pouco do que era a noite paulistana, algo que veríamos com nossos próprios olhos quando a idade nos permitisse.



Laerte tinha um traço genial. Do alto dos meus treze ou quatorze anos, julgava ser ele o melhor desenhista do trio. Tinha o traço detalhista e fluído, desenhava o que queria com facilidade. Toda vez que passo pela marginal Tietê imagino seus piratas tomando a cidade em um dos quadrinhos mais fodas que já li.



Era um vizinho alcóolatra que me emprestava os gibis do Geraldão, desenhados pelo Glauco. Não entendia seu traço, mas ria espontâneo de seu humor extremamente anárquico e desafiador (que aprendi a entender ser perfeitamente coerente com seu estilo de desenho). Um garotão onanista com uma seringa no nariz e que tinha tara pela própria mãe – uma senhora de meia idade tarada que assediava sexualmente os estagiários do escritório onde trabalhava –, ou um nóia menor abandonado que aborda os motoristas paulistanos com uma faca. Geraldão, Dona Marta e Faquinha são personagens do Glauco que sintetizam o encanto que tinham suas histórias, o rir de si mesmo, do absurdo humano, da miséria que nos resume. E até seu traço debochado e econômico demonstrava exatamente isso, nós - pobres seres bípedes atrás de nossos desejos mais primitivos... E o melhor é que isso era extremamente divertido!

A junção dos três produziu as histórias dos “Los três amigos”, que posso afirmar (sem medo de ser injusto) que é o que há de mais engraçado jamais lançado em histórias em quadrinhos.

E hoje, vem a triste notícia do falecimento do Glauco que soa como a perda de alguém próximo... Não dá para entender, nem dá nem para ficar falando muito. Brutal. Só consigo pensar que se a missão dele era fazer rir, todos nós sabemos que partindo nesse momento ele parte com missão cumprida. Suas tiras, simples, tinham a capacidade de roubar-nos um sorriso mesmo no meio de um dia atribulado e cansativo. E isso, é tão nobre... Vai fazer muita falta. Descanse em paz Glauco!

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domingo, 7 de março de 2010

DIRTY MONEY

No início dos anos noventa, época de vacas magras para o Skate nacional, um vídeo chamado Dirty Money foi responsável por uma transformação (necessária) na fisionomia do "esporte" no país. Ao mesmo tempo em que mostrava uma nova e talentosa geração de skatistas, colocava o trem do Skate tupiniquim nos trilhos da contemporaneidade. Foi um marco. Algo como o nosso "Video Days" (Blind), ou o nosso "Questionable" (Plan B), ou ainda o nosso "Hokus Pokus" (H-Street). Sendo bem realista, talvez algo como os três juntos, dado o nível da nossa carência.

Pois bem, eis que 18 anos depois, Alexandre Vianna (idealizador do vídeo) anuncia um documentário contando a história do Dirty Money, tanto do vídeo quanto da marca (na qual seu sócio era o lendário Testa). O filme deve estreiar nesse primeiro semestre, mas um canal do Youtube já começa a soltar alguns teasers. Os dois primeiros seguem logo abaixo:






ps. O Testa criou no seu depoimento pelo menos uns três novos estilos: calça de velcro, gordinho e vovô. Impagável!

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sexta-feira, 5 de março de 2010

OS MARXISTAS

quinta-feira, 4 de março de 2010

OK GO, A BANDA DOS VIDEOCLIPES LEGAIS

Não sei nada do Ok Go, a não ser que eles têm uns vídeos legais.
Não sei quantos discos tem o OK GO...
Não sei se eles são canadenses, desconfio que são americanos.
Não conheço nenhum fã de Ok Go...
Na verdade nem me dei ao trabalho de procurar no Wikipedia algo sobre esses dados.

Mas uma coisa eu sei, o Ok Go tem vídeoclipes legais!



Esse é o primeiro que eu vi. Achei "incredible" o modo como dançam, a sincronia e tal, muito bom né?

Hoje vi um novo video do OK GO. Também muito legal, vou até mostrar para os meus amigos bêbados quando vierem aqui em casa.



Muito legal esse lance de armadilhas e engenhocas. Lembrou-me alguns desenhos antigos em que um plano de vingança vinha sempre acompanhado de desenhos milaborantes e projetos em lousas...
Não sei se vocês repararam que o vídeo foi filmado em um só plano sequência. Deve ter dado um trabalhão para fazê-lo.

Mas peraí... Você que acabou de ver os clipes, consegue cantarolar alguma das melodias?
Ops... É meus caros, em tempo de "Web-hit" música facilmente vira trilha sonora...

Se a imagem é tudo, música é detalhe!

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quarta-feira, 3 de março de 2010

SEGUNDO ENCONTRO DE ZINEIROS


Zineiros, atenção: vai rolar no dia 06 de março o Segundo Encontro de Zineiros, na Loja Combat Rock, em São Paulo (SP). Segundo os organizadores, "a ideia é dar continuidade nesses encontros, e tentar encontrar soluções para manter o zine impresso circulando no Brasil. Quem quiser trazer seu zine para trocar/vender, fazer parte dos debates ou simplesmente para apoiar o evento vai ser muito bem-vindo!"

Serviço
data: 6 de março de 2010
hora: 14hs
local: Combat Rock Discos - R. Barão de Itapetininga, 37 - loja 66 - Galeria Nova Barão - Centro, São Paulo, SP.


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